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O sintoma como enigma para analista e analisando: um ensaio psicanalítico

Texto escrito por Rinalda Duarte, doutoranda pela USP-SP, mestre em Psicologia pela PUC-SP e Especialista em Teoria, Técnica e Estratégias Especiais em Psicanálise pela USP. Professora das especializações do Instituto ESPE e autora de programas de formação livre.



O quereres e o estares sempre a fim

Do que em mim é de mim tão desigual

Faz-me querer-te bem, querer-te mal

Bem a ti, mal ao quereres assim

...

Ah! bruta flor do querer

Ah! bruta flor, bruta flor


“O quereres” – Caetano Veloso


1. Pôr-se à escuta do sintoma – “Onde queres descanso, sou desejo”


Talvez seja uma verdade indiscutível que o sonho é para Freud a via real de acesso ao inconsciente, mas é preciso não deixar de lado o fato de que a invenção do método psicanalítico buscava responder aos sintomas e desvendar os mecanismos de sua formação. São os graves sintomas de Anna O. – paralisias, alucinações, sonambulismo, problemas de fala – que abrem os ouvidos de Freud para o que há de enigmático naqueles distúrbios para os quais a razão científica da época não tem resposta. Sabemos que é ela, a paciente do médico Sigmund Freud, que batiza de talking cure seu tratamento, e que é essa “fala que cura” que exige a experiência analítica, que exige que Freud invente a psicanálise.[1]


Este trabalho se propõe a refletir sobre o sintoma como um enigma para o analista e para o analisando, a partir precisamente desse valor de enigma que parece conduzir Freud em seus primeiros estudos sobre a histeria. Especialmente para o analisando, que vai supor no analista um saber sobre o que o leva a procurar a clínica.


“Dra., não sei o que está me acontecendo. Não consigo parar de chorar e sinto uma tristeza infinita... não entendo por que me sinto assim, pois está tudo bem em minha vida”. O paciente não sabe. Não sabe o que se passa com ele. Não sabe por que chora... “se está tudo bem”. E a esse não saber vai responder um outro não saber: o do analista, para quem esse sintoma é também um enigma. O que o analista sabe é que a chave desse enigma está do lado do analisando, sendo o sintoma um elo para que a análise possa acontecer, e também o desafio de escutá-lo na transferência a partir do inconsciente.


Considerando os anos de trabalho na clínica psicanalítica e refletindo sobre a chegada de cada paciente ao consultório, ressoam para mim as perguntas que se repetem: Como tratar o sintoma? O que fazer com o sintoma? Qual o enigma desse sofrimento?


O paciente endereça sua queixa ao analista, como se este já tivesse as respostas para a solução de seu sintoma. Sentindo-se invadido por algo que lhe é exterior e estranho, o paciente pede ao analista o alívio desse sintoma. Ocorre que não há, a priori, um saber a respeito de uma verdade inconsciente do analisando. É preciso que, para aquele que se queixa, o sintoma não só indique que algo não vai bem – “não consigo parar de chorar”... “sinto uma tristeza infinita” –, mas que estranhe esse sentimento: isso não deveria acontecer porque “está tudo bem em minha vida”. Ao formular essa queixa inicial, o paciente não sabe que seu sintoma contém sua verdade inconsciente e que essa verdade não é conhecida, a priori, pelo psicanalista. Haverá, então, uma investigação conjunta e caberá ao analista levar esse paciente a se interrogar sobre esse sintoma e sobre toda a trama envolvida nele. O analista se empresta e se presta a fazer parte dessa trama, pois, sem isso, a análise não é possível.


Na primeira de suas Conferências introdutórias sobre a psicanálise, em 1915, Freud começa por apontar a especificidade da psicanálise como um procedimento clínico. Diferente do tratamento médico, que, de modo geral, minimizaria os riscos e asseguraria o êxito de uma nova técnica, no caso do tratamento analítico de um paciente neurótico, diz Freud:



Agimos diferentemente. Mostramos-lhe as dificuldades do método, sua longa duração, os esforços e os sacrifícios que exige; e, quanto a seu êxito, lhe dizemos não nos ser possível prometê-los com certeza, que depende da sua própria conduta, de sua compreensão, de sua adaptabilidade e de sua perseverança. Temos boas razões, naturalmente, para manter essa conduta aparentemente obstinada no erro, como talvez os senhores virão a verificar mais adiante. (FREUD, [1915-1916] 1980, p. 25).



Mais adiante, adverte quanto a dúvidas com relação à escuta dos pacientes e com o fato de lidar com uma doença valendo-se apenas de uma troca de palavras, mas também da necessidade de uma “ligação especial” com o médico. Enfim, Freud demonstra grande preocupação em advertir sobre as dificuldades do método analítico, marcando uma mudança radical na posição do analista e do analisando. Invertendo toda uma lógica de tratamento, o paciente – aquele que suporta passivamente – se torna ativo em sua “cura”, pois é ele quem detém um saber que desconhece, e é dele que também dependem os fatores que sustentaram o trabalho analítico. Esse esforço de Freud em enfatizar as dificuldades, os sacrifícios e a falta de garantias aponta para o desafiante trabalho do analista no deciframento do inconsciente em conjunto com seu analisando. Acredito que essas premissas contêm o germe do trabalho clínico. Tirando a consciência do centro do tratamento, o criador da psicanálise firma os passos definitivos para pensar o inconsciente em sua forma de abertura, que não está no discurso manifesto, mas nos atos falhos, chistes, sonhos, sintomas e na transferência.

Ainda na Conferência de 1915, Freud fala das descrições dos sintomas pela psiquiatria, pela tentativa de estabelecer para eles um quadro clínico capaz de ser reconhecido como ciência, e acrescenta que “nada se conhece da origem, do mecanismo ou das mútuas relações dos sintomas dos quais se compõem essas entidades clínicas”, uma vez que não há um “órgão anatômico da mente [observável], que corresponda a esses sintomas”. E é definitivo quando afirma que “esses distúrbios mentais apenas são acessíveis à influência terapêutica quando podem ser reconhecidos como efeitos secundários daquilo que, de outro modo, constitui uma doença orgânica”. É isso de que não pode tratar a psiquiatria, é essa “a lacuna que a psicanálise procura preencher” (FREUD, [1915] 1980, p. 30).


O paciente, padecendo do seu sintoma, procura um profissional em busca de alívio; por vezes, ele descobre a psicanálise por acaso. Digo por acaso, porque se nota que, com a emergência de um sintoma, o paciente é impulsionado a buscar ajuda para livrar-se dele, chegando a um analista sem ter também alguma clareza no que diz respeito ao método psicanalítico.


A resposta que cada campo epistemológico dará a esse sofrimento faz toda a diferença na condução do trabalho clínico, porque diz da posição a partir da qual se escuta, conceitua e maneja esse sofrimento.


A escuta é o que a psicanálise pode oferecer ao paciente que demanda alívio de seu sintoma e ao psicanalista que se propõe a analisar esse paciente. Não uma escuta passiva, mas uma escuta que possa devolver a mensagem ao paciente de forma que ele possa se ouvir de um lugar outro. Assim, a passagem da fase das entrevistas preliminares para a entrada em análise não se opera naturalmente, não basta que o paciente fale livremente, é necessário um manejo do analista. Como se opera essa passagem?


A psicanálise se propõe a investigar o que o sintoma tem a dizer do sujeito, da sua verdade inconsciente e, operando no deciframento do sintoma, não visa diretamente à supressão deste, mas não desconsidera a legitimidade desse sofrimento que “carrega” o paciente ao consultório. O psicanalista trabalha considerando a relação transferencial entre analista e analisando, utilizando o método da associação livre. Segundo Mezan:



A realidade sobre a qual se opera em psicanálise não é nem a “realidade exterior” nem a “realidade interior”, mas a realidade da situação analítica, que é o fruto da conjugação de ambas – tanto do lado do paciente como do analista – nas condições definidas pelas regras de abstinência e de livre associação. E esta realidade tem uma espessura histórica, que é a da história do tratamento e das vicissitudes da transferência. (MEZAN, 2002, p. 42).



A psicanálise se ocupa das vicissitudes da transferência. Nesse cenário de conjugação de ambas as realidades, é considerando tanto o lado do paciente como o do analista que se dá a análise. Essa conjugação é esse encontro transferencial que promove efeitos sobre a realidade psíquica do sujeito. E é nesse contexto que ensaiamos aqui uma forma de pensar essa realidade e o fazer do analista que promove efeitos nessa realidade. Esse tipo de elucidação pode nos permitir dar um passo a mais em nosso entendimento da descoberta do que Freud nomeou, de forma original, “inconsciente”.



2. O sintoma como formação do inconsciente – “... eu não vislumbro razão”


Refletir sobre os caminhos e os descaminhos de escutar o sintoma na transferência a partir do inconsciente é o desafio do analista. De fato, o sintoma tanto direciona a prática analítica quanto circunscreve os limites da interpretação.


Freud se interrogou sobre as neuroses e os sintomas histéricos de suas pacientes, sobre sonhos, atos falhos e chistes. Dessas reflexões nasceu a psicanálise, uma teorização que tem sua raiz no estudo dos sintomas e na descoberta, ou redescoberta, de um inconsciente inacessível à consciência. Nesse caso, convém retomar a proposta que ensaiamos aqui: o sintoma como enigma, um sentido enigmático, uma vez que esse sentido está carregado de afetos que o procedimento analítico pode vir a liberar pondo-se à escuta do que se punha a ler nas associações do paciente.


Para tentar conceituar o inconsciente, Freud se dirige a seu público tendo como premissa que esse público ignora o que é a psicanálise, chegando mesmo a pedir que “não se irritem se, de início, [eu] os tratar como neuróticos” ([1915-1916] 1980, p. 20). Na conferência “Resistência e repressão”, o psicanalista vale-se de uma metáfora espacial: duas salas – inconsciente e consciência – separadas por um limiar no qual está a postos um guarda, um censor, que impede a passagem daquilo que lhe desagrada:



Os impulsos do inconsciente, no salão de entrada do inconsciente, estão fora das vistas do consciente, que está na outra sala; em princípio devem permanecer inconscientes. Se já se filtraram até o limiar e foram afastados pelo guarda, então eles são inadmissíveis para consciência; dizemos que eles são reprimidos. Entretanto, os próprios impulsos que o guarda permitiu que cruzassem o limiar, não são, também, só por causa disso, necessariamente conscientes; podem vir a sê-lo somente se conseguissem chamar a atenção da consciência. Portanto, justifica-se que chamemos a esta segunda sala, de sistema do pré-consciente. (FREUD, [1915-1916] 1980, p. 302).



É nesse circuito do pensamento metapsicológico[2] que se situa o sintoma como enigma para psicanálise. Nessas primeiras conferências, as investigações freudianas são especulativas, e é nesse caminho que Freud legitima sua teoria dos processos psíquicos inconscientes.


O inconsciente é pensado como efeito do recalque das pulsões incompatíveis com o Ego, impedidas de se tornarem conscientes. Ao fracassar o recalcamento, a libido regressa, buscando caminhos indiretos de satisfação, que podem ser a via da formação do sintoma, um representante do impulso reprimido e, portanto, inconsciente.


A partir de 1920, com a publicação de Além do princípio do prazer, Freud reformula sua concepção de aparelho psíquico. O sintoma, além de ser considerado uma mensagem passível de interpretação, também se mostra, em Inibição, sintoma e angústia, como algo que oferece resistência ao tratamento, apresentando-se como



Um sinal e um substituto de uma satisfação instintual que permaneceu em estado jacente; [é] uma consequência do processo de repressão. A repressão se processa a partir do ego quando este – pode ser por ordem do superego – se recusa a associar-se a uma catexia instintual que foi provocada no id. O ego é capaz, por meio dessa repressão, de conservar a ideia que é o veículo do impulso repreensível a partir do tornar-se consciente. A análise revela que a ideia amiúde persiste como uma formação inconsciente. (FREUD, [1925-1926] 1980, p. 95).



Assim, aquilo que envergonha, que está sob o domínio do superego – ou seja, que não se concilia com o que a sociedade ou com o que o próprio paciente espera –, busca um substituto para essa satisfação frustrada, e é então que se forma o sintoma, que persiste como uma formação inconsciente. O fato de que a ideia persiste mostra a Freud que a dificuldade no tratamento do sintoma está precisamente nisto: há no sintoma uma satisfação que o próprio paciente desconhece, e por isso ele não quer renunciar a isso. O psicanalista reitera que, para lidar com isso que persiste, a análise é um caminho investigativo e singular do dispositivo concebido por ele – a associação livre: o paciente fala livremente o que lhe vier à mente, para tentar, assim, ter acesso às formações do inconsciente;[3] acesso ao que conscientemente recusaria.



3. O sintoma na transferência: a solução no enigma... “a vida é real e de viés”



As entrevistas preliminares são de suma importância para a apresentação da queixa para que se opere a transformação dessa queixa em sintoma analítico, promovendo a entrada em análise.


Quinet nos diz que o sujeito



pode se apresentar ao analista para se queixar de seu sintoma e até pedir para dele se desvencilhar, mas isso não basta. É preciso que essa queixa se transforme numa demanda endereçada àquele analista e que o sintoma passe do estatuto de resposta ao estatuto de questão para o sujeito, para que este seja instigado a decifrá-lo. Nesse trabalho preliminar, o sintoma será questionado pelo analista, que procurará saber a que esse sintoma está respondendo, que gozo esse sintoma vem delimitar. Essa problemática pode ser formulada em termos freudianos da seguinte forma: o que fez fracassar o recalque e surgir o retorno do recalcado para que fosse construído o sintoma? (QUINET, 2000, p. 16).



As entrevistas preliminares, que Freud chamou de “período de ensaio”, são o solo de sustentação da transferência. O analista se oferece, sustentando seu desejo de analisar, e o analisando se enlaça num traço do analista que não é possível saber de antemão, transferindo seu sintoma e incluindo o analista em sua trama pessoal, viabilizando um circuito decisivo para que se engate a análise. Importante pensar que nem sempre a demanda desemboca numa análise, e que avida, “real e de viés”, é indomesticável.


Sobre a questão das entrevistas preliminares, vejamos ainda as postulações de Portillo (1989, p. 39), a partir de pesquisas de Freud sobre o início do tratamento: “o analista deverá abster-se de comunicar ao paciente qualquer saber sobre seu sintoma antes que a transferência seja “operante”. E recomenda “suspender, portanto, o saber do analista até a instauração de uma transferência colocada a serviço do tratamento”.

Freud reitera que a forma de escutar o sintoma é o caminho da análise, é o que dá direção ao trabalho. O inconsciente demanda a transferência, ou seja, a suposição de um saber, mas o profissional a quem se endereça a queixa deve ouvi-la como um enigma. E para escutar é necessário também reconhecer seu lugar na trama em que o paciente o enreda – talvez “a mais justa adequação".


Na Conferência XXVII, “Transferência”, Freud retoma os fatores que levam ao adoecimento, à impossibilidade de simplesmente anulá-los, ao tempo consumido no tratamento, às restrições éticas impostas pela sociedade, e destaca o papel do analista: nem aconselhar – cometendo o erro de “descobrir” o material inconsciente e comunicá-lo ao paciente – nem eliminar o sintoma, mas removera resistência que decorre da repressão.


Mais adiante, Freud descreve para seu público o que chama de uma novidade: a forma como os pacientes se comportam na relação terapêutica, um interesse especial pela “pessoa do médico”, que se transformam em sentimentos intensos. Eis a transferência! Se pode vir acompanhada de uma melhora, também pode interferir no tratamento. É preciso, então, diz Freud, lidar com as dificuldades e tirar vantagens da transferência.



Para nós é impossível ceder às exigências do paciente, decorrentes da transferência; seria um absurdos e as rejeitássemos de modo indelicado e, o que será pior, indignados com elas. Superamos a transferência mostrando ao paciente que seus sentimentos não se originam da situação atual e não se aplicam à pessoa do médico, mas sim que eles estão repetindo algo que lhe aconteceu anteriormente. Desse modo, obrigamo-lo a transformar a repetição em lembrança. (FREUD, [1915-1916] 1980, p. 444-445).



A clínica é artesanal, há de se ouvir o sujeito que fala e que sofre. Se não há receita nem respostas fornecidas dadas, há de se interrogar o que Freud postulou sobre o saber inconsciente, no memorável trabalho A interpretação dos sonhos. Nessa obra, apresenta-nos o conteúdo dos sonhos como “uma transcrição dos pensamentos oníricos em outro modo de expressão, cujos caracteres e leis sintáticas é nossa tarefa descobrir, comparando o original e a tradução”. Esse conteúdo está expresso, segundo Freud, em caracteres pictográficos que precisam ser lidos como “um quebra-cabeça feito de figuras, um rébus” (FREUD, [1900/1980], p. 303). Em outras palavras, um enigma, uma charada, uma linguagem aparentemente sem sentido para o sonhador.

O paciente relata o sonho na análise como algo sem sentido para ele, a princípio, com estranheza, e é no trabalho de interpretação e no sentido dado pelo sonhador àquela experiência onírica, ainda estranha a ele, que algo pode emergir, e ser de-cifrado. E, nesse sentido, o sintoma também se coloca para ser decifrado, porque é uma formação inconsciente.

Ao escutar a dor, o sofrimento do sintoma, o analista precisa se posicionar além do discurso manifesto e ouvir o que ecoa das fendas, das frestas, das aberturas do inconsciente: uma verdade contida, escondida, cifrada. O sujeito “não sabe” exatamente aquilo que fala. Se não houver um escutador atento que sirva de caixa de ressonância a esse dito, será como se ele nunca tivesse sido dito, e não será possível construir um novo saber a respeito dessa dor.

Como já observamosantes, não basta – embora seja imprescindível – que o paciente fale para que acesse a verdade que ele ignora a respeitode seu sintoma. Para que algo novo emerja, será preciso que algo se enlace entre analisando e analista – enlace que passa a fazer parte do sintoma. Em cada tratamento, a transferência é o obstáculo, mas sem ela a experiência analítica é impossível. Servir-se da transferência, saber-fazer com ela, é condição necessária para a análise.


O enigmado sintoma remete ao desejo que poderá ser encontrado a partir da escuta do analista. A análise aponta para o desejo inconsciente e o sintoma é o caminho para ele possa ser desvendado – “Eu te quero (e não queres) como sou. Não te quero (e não queres) como és. Ah bruta flor do querer – ah bruta flor, bruta flor.”





Caetano Veloso e Maria Gadú - O quereres (2011).


 

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Sobre a autora: Rinalda Duarte é psicanalista, psicóloga, doutoranda pela USP-SP, mestre em Psicologia pela PUC-SP, especialista em Teoria, Técnica e Estratégias Especiais em Psicanálise pela USP. Atua em consultório particular com clínica, supervisão e grupos de estudos. Texto originalmente publicado em: DUARTE, Rinalda de Oliveira. A histeria, de Freud a Lacan. In: FARIA, Michele Roman (Org.). O psicanalista: na instituição, na clínica, no laço social, na arte. São Paulo: Toro, 2018. p. 131-144. [volume 2].



Revisão e publicação realizada pela psicanalista e pesquisadora Karine de Medeiros Ribeiro. Mestra e doutora em Linguística pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL-Unicamp). Pós-doutoranda na na mesma instituição. Integra os grupos de pesquisa PsiPoliS (Psicanálise, Política, Significante), MulherDis (Mulheres em Discurso) e Colhibri.



Referências


DUARTE, R. de O. Um estudo psicanalítico da histeria em Freud e em Lacan. Dissertação (Mestrado em Psicologia: Psicologia Clínica) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2017.

FREUD, S. (1900). A interpretação dos sonhos (I). In: Edição standart brasileira das obras psicológicas completas. Tradução de J. Salomão. Rio de Janeiro: Imago. 1980. v. IV.

FREUD, S. (1915). Conferências introdutórias sobre a psicanálise (partes I, II e III). In: Edição standartbrasileira das obras psicológicas completas. Tradução de J. Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1980. v. XV e XVI.

FREUD, S. (1920). Além do princípio do prazer. In: Edição standart brasileira das obras psicológicas completas. Tradução de J. Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1980. v. XVIII.


FREUD, S. (1926). Inibição, sintoma e angústia. In: Edição standart brasileira das obras psicológicas completas. Tradução de J. Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1980. v. XX.


MEZAN, R. A vingança da esfinge. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.


MOTTA, M. B. da (Org.). Clínica lacaniana: casos clínicos do campo freudiano (Irma).Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989.


PORTILLO, R. Ana entre dois significantes. In: Clínica lacaniana: casos clínicos do campo freudiano. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989. p. 39.


QUINET, A. As 4+1 condições da análise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.


ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1998.



 

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NOTAS


[1] Sobre o caminho de Freud pelas vias da histeria, ver Duarte (2017).

[2] De acordo com o Dicionário de Psicanálise (ROUDINESCO; PLON, 1998, p. 511), o termo foi criado por Sigmund Freud, em 1896, para qualificar o conjunto de sua concepção teórica e distingui-la da psicologia clássica. A abordagem metapsicólogica consiste na elaboração de modelos teóricos que não estão diretamente ligados a uma experiência ou a uma observação clínica; ela se define pela consideração simultânea dos pontos de vista dinâmico e econômico.

[3] Foi Jacques Lacan quem nomeou, em conjunto, “formações do inconsciente” todos esses fenômenos psíquicos investigados por Sigmund Freud: sonhos, sintomas, atos falhos, chistes, esquecimentos.

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