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Quais as diferenças entre Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria?

Texto escrito pelo psicanalista Tiago Ravanello, Doutor em Teoria Psicanalítica pela UFRJ com pós-doutorado em Psicologia Clínica na USP.


Quais as diferenças entre a Psicanálise, a Psicologia e a Psiquiatria? Essa é uma pergunta muito pertinente, sobretudo porque ela interessa por dois ângulos muito diferentes: a pergunta interessa àqueles que procuram uma forma de atendimento clínico que esteja de acordo com o seu sofrimento ou os seus propósitos, mas ela interessa também do ponto de vista formativo, sobre quais profissionais nos tornamos ao escolhermos um desses caminhos. Faz-se necessário, portanto, desdobrarmos a questão da diferença entre esses campos, suas relações, aproximações e afastamentos levando em consideração suas características epistemológicas e metodológicas. Para respondermos a esses dois públicos com dúvidas específicas, vamos resgatar o que cada um desses campos tem de particular, o que os torna singulares e o que repercute em práticas que lhe são próprias.



1. O que é psiquiatria?


Comecemos nosso percurso pela psiquiatria. Em termos gerais, a psiquiatria é uma especialidade médica, com a nomeação reservada aos e às profissionais devidamente reconhecidos pelos conselhos regionais de medicina. Sua formação se dá através de programas de residência que podem ocorrer em universidades e hospitais, desde que os programas sejam regulados pela Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS). Na maioria dos casos, a residência em psiquiatria é um programa de cerca de 60 horas semanais ao longo de três anos que mescla o estudo teórico com a prática clínica em diferentes âmbitos de atuação (hospital geral, hospital psiquiátrico, CAPS, CAPS-AD, Unidades básicas de saúde e afins) e em vários níveis de complexidade (baixa, média e alta complexidade). Sendo uma especialidade médica voltada para a promoção da saúde mental, a psiquiatria é uma profissão regulamentada pelo Estado e sua formação restrita a profissionais formados em medicina. Cabe à psiquiatria, no exercício de suas ações, a prática da psicoterapia, a prescrição medicamentosa e o desenvolvimento de ações de promoção e reabilitação da saúde. Dentre essas opções, apenas a prescrição de medicamentos é reservada ao médico, independente de sua especialidade em psiquiatria ou não, já que as medicações chamadas psicofármacos podem ser receitadas também por médicos de outras especialidades, dentro dos limites da ética relativa à sua prática e de sua competência e responsabilidade técnica. Isso significaria que a prática da psiquiatria seria semelhante às da psicologia e da psicanálise e que sua única diferença seria o direito à prescrição de medicamentos? Na verdade, há mais diferenças do que apenas essa e, para que possamos compreendê-las, convém retomarmos alguns elementos importantes em sua constituição.


Tradicionalmente, a história da psiquiatria é marcada pela apropriação que o campo da medicina fez em relação aos cuidados direcionados à loucura, mas também na constituição de suas formas de controle e de explicação de sua causalidade para fins de prevenção. Seguindo a lógica que orienta o saber médico enquanto disciplina de que faz-se necessário cessar a causa para poder cessar o efeito, a psiquiatria se desdobrou em (1) uma busca pelas causas de sofrimentos muito agudos, (2) pela construção de dispositivos de cuidado sobre os sintomas relativos à racionalidade e ao comportamento humano e (3) na formulação de políticas de controle para a contenção da loucura, visando à proteção social. Em termos de busca da causalidade, a psiquiatria delimitou ao longo de sua história duas linhas gerais de raciocínio. Segundo a linha que podemos chamar de reducionismo biológico, a psiquiatria buscaria determinar as linhas gerais de determinação das diferentes psicopatologias através da compreensão do funcionamento cerebral. Vale ressaltar que o uso do termo reducionismo não se dá de forma pejorativa, mas sim para descrever a metodologia de redução das funções psíquicas ou as formas de seu abalo (déficit, aumento, inibição, hipoatividade etc.) ao modo do funcionamento cerebral. Essa é a base da neurociência contemporânea, que visa a descrição dos fenômenos psicológicos através de um modelo de funcionalidade neuronal. Logo, os saberes relativos à neuroanatomia, mas também à neurofisiologia e à dinâmica do sistema nervoso serviriam de modelo explicativo para o desenvolvimento de estratégias de intervenção diretas sobre o funcionamento cerebral, que resultam, indiretamente, em intervenções sobre determinados comportamentos localizados numa racionalidade diagnóstica como problemas-alvo. Muito antes dos desenvolvimentos das pesquisas através de neuroimagens, o modelo de reducionismo biológico já estava presente na base do raciocínio do localizacionismo psíquico contemporâneo a Freud – tese segundo a qual a cada função psíquica ou um conjunto restrito de funções corresponderia uma área ou giro do cérebro – e do paralelismo psicofísico –, o conjunto de hipóteses teóricas através das quais a cada função psíquica corresponderia uma ação no plano corporal, sendo a energia psíquica o meio de transmissão elétrica entre esses dois pólos da existência. A título de ilustração, poderíamos ainda destacar as cirurgias públicas de extração da pedra da loucura, tal como retratado por Hieronymus Bosch por volta do ano de 1480, ou das tentativas de intervenção sobre os fluídos corporais através do magnetismo animal que, a partir dos trabalhos de Franz Anton Mesmer, influenciaram profundamente os princípios da medicina europeia desde a publicação de sua tese em 1766.



As diferenças entre a Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria?

Fig. 1 - A extração da pedra da loucura (BOSCH, 1475-1480).



Concorrentemente a esse movimento de reducionismo biológico, temos na história da psiquiatria uma tradição de prática e pensamento ligada ao exercício do cuidado e do tratamento psicoterápico, especialmente na condição de internato. É nessa linha de constituição da prática que podemos delimitar a importância de precursores de políticas terapêuticas tais como Philippe Pinel (1745-1826), Jean-Étienne Esquirol (1772-1840), Jean-Martin Charcot (1825-1893), Pierre Janet (1859-1947) e Ludwig Binswanger (1881-1966). Em suma, o traço que une as diferentes práticas psicoterápicas desenvolvidas por eles tem relação com o cuidado intensivo, geralmente em situação de internato (por vezes tanto dos pacientes quanto dos próprios psiquiatras), e do entrecruzamento entre a psicopatologia e a moral. Como bem aponta o filósofo Michel Foucault, o nascimento dos hospitais psiquiátricos e do modelo asilar se dá através de uma espécie de fusão entre a figura do hospital e as instituições presidiárias. As narrativas de “contenção” e “reeducação moral” da loucura enquanto propostas terapêuticas, nessa corrente de pensamento, são aliadas a uma observação e descrição minuciosa das características psicológicas que marcavam as experiências da loucura. Tanto que os desenvolvimentos científicos de notação e descrição vão se aliando na construção de seus dispositivos clínicos, seja pela assimilação que Pinel propôs dos princípios da taxonomia para o desenvolvimento de uma nosografia psiquiátrica, seja pela incorporação da fotografia como princípio para a descrição dos momentos de transformação nos casos de histeria, tal como operado por Charcot, ou ainda, da apropriação feita por Binswanger da filosofia fenomenológica enquanto método para a compreensão das experiências psicopatológicas.


Embora aparentemente irreconciliáveis, essas duas correntes de pensamento e de atuação tiveram dois momentos de revolução que operaram uma união de destinos: a revolução psicofarmacológica da década de 1950 e o reconhecimento público e político das neurociências que dataram os anos de 1990 como a década do cérebro. Tanto a descoberta da clorpromazina na década de 50, inaugurando o surgimento da família de medicamentos antipsicóticos, quanto a união de esforços na década de 90 para o avanço de uma racionalidade terapêutica que atrelasse o uso dos diversos psicofármacos às hipóteses de reducionismo biológico operaram no campo da psiquiatria uma ação de remedicalização de sua prática. Dito de outra forma, o procedimento que, desde então, delimita a forma de compreensão das ações no campo psiquiátrico tornou a promoção do cuidado e as hipóteses causais indissociáveis da relação entre psicofarmacologia e neurociência. Nesse sentido, a própria noção de psicoterapia torna-se secundária (ou meramente coadjuvante) numa prática que vai gradativamente sendo operada em torno da ação medicamentosa e da consideração de seus efeitos no funcionamento cerebral. Assim, elementos constituintes da arte médica, tais como anamnese, diagnose, comunicação e prognóstico vão sendo subentendidos à avaliação da relação entre prescrição psicofarmacológica derivada de instrumentos de coleta de dados e a observação dos efeitos medicamentosos. Justamente em função dessa redução da psicoterapia à psicofarmacologia que um número considerável de psiquiatras busca o apoio de modelos de atuação psicológica ou psicanalítica para embasar suas formas de intervenção clínica.


2. O que é Psicologia?


Se a psiquiatria contemporânea é marcada por um pacto em torno das intervenções psicofarmacológicas e da racionalidade nosológica derivada dos manuais diagnósticos, a psicologia, ao contrário, é marcada pela dispersão de suas práticas e modelos teóricos. Assim, poderíamos traçar linhas diversas de constituição de teorias, com momentos históricos diferentes, objetivos diversos, formas de compreensão e atuação que são conflitantes entre si. Logo, não há como traçar uma reta na construção de uma linha do tempo das teorias e práticas psicológicas sem com isso cometer grandes gafes ou sem efetuar com essa historiografia uma série de pactos políticos e ideológicos. Fazendo justiça às disciplinas de introdução à psicologia e a forma como são ensinadas nos cursos de graduação em psicologia no Brasil, podemos dizer que a psicologia surge enquanto disciplina, ou campo de interesse científico, a partir dos trabalhos de autores como Gustav Theodor Fechner (1801-1887), Hermann von Helmholtz (1821-1894) e Wilhelm Wundt (1832-1920). Podemos creditar a esses autores graus respectivos de autoria quanto ao nascimento de um modelo experimental de psicologia que despertou o interesse das instituições universitárias e dos meios de circulação das teses científicas para explicações de fenômenos da ordem da percepção, da consciência, mas também da psicopatologia e das primeiras teses sobre as interações sociais através de uma perspectiva psicológica. Note-se que a pluralidade de sentidos ou recortes possíveis para o seu objeto fez da psicologia, desde o seu nascimento, um campo de possibilidades muito vasto para a constituição de saberes e fazeres que não se unificam num método próprio ao campo. Isso demanda, nas formações acadêmicas na área da psicologia, uma forte concepção ética a respeito do lugar desde onde parte uma intervenção e quais finalidades lhes são próprias.


Em termos práticos, a psicologia é uma profissão reconhecida por lei e cuja graduação universitária é regida por uma política nacional que delimita parâmetros para a formação, as chamadas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs). De tempos em tempos essas diretrizes são reformuladas de forma democrática, tendo como participantes em sua delimitação as mais variadas formas de representatividade do campo (conselhos regionais de psicologia, associações voltadas para o ensino da psicologia, representantes docentes e estudantes de cursos de graduação, representantes de autarquias federais etc.). Os cursos de graduação em psicologia no Brasil têm uma duração mínima de 4000 horas distribuídas em cinco anos e com a obrigatoriedade de estágios práticos supervisionados, sendo uma formação laica e presencial. Da mesma forma, a profissão de psicólogo é signatária da carta universal de direitos humanos e atua em defesa da promoção da dignidade e do respeito à diversidade humana, sendo esses compromissos incontornáveis e inerentes ao código de ética profissional.


Entretanto, se para tornar-se psicólogo ou psicóloga faz-se necessário a graduação num curso universitário reconhecido pela secretaria de ensino superior do ministério da educação, por outro lado, os percursos possíveis no interior desses cursos seguem as mesmas linhas de dispersão que compõem a diversidade do campo. Se olharmos para essa multiplicidade por meio de um voo panorâmico, veremos que duas linhas gerais servem de organização para a distinção dos meios de atuação. Simplificando, podemos dividir a psicologia por critérios teóricos e por critérios de territorialidade, sendo que uma divisão se sobrepõe e complementa a outra. Em termos teóricos, por seu compromisso e adesão ao âmbito da ciência, a psicologia multiplica-se numa vasta amplitude de paradigmas, recortando, cada uma à sua maneira, os seus objetos de estudo e atuação. Logo, o reconhecimento de teorias como sendo “psicologias” depende da circulação nos meios de pesquisa científica de modelos explicativos a respeito de modos de compreensão da experiência humana. Assim, temos uma psicologia que se define comportamentalista pelo recorte proposto inicialmente por B. F. Skinner em termos de objeto (comportamento), de método e de limites éticos para suas práticas. O mesmo pode ser dito da psicologia cognitivo-comportamental, da psicologia humanista, da gestalterapia, da psicologia das representações sociais, da psicologia histórico-cultural e assim por diante. A presença ou ausência dos aportes teóricos nos cursos de graduação e pós-graduação segue os rumos das discussões científicas em determinados contextos e conjunturas políticas de campo. Dessa forma, a psicanálise (num sentido amplo, ou em suas dispersões teóricas) costuma estar presente nos cursos acadêmicos, mas não sem tensões relativas ao seu modo particular de constituição e aos desdobramentos necessários para sua formação, que discutiremos no próximo tópico. Por outro lado, teorias contemporâneas que não lograram reconhecimento científico ou que carecem de fundamentação dificilmente são aceitas nesses meios formativos ou, ao menos, sem fortes críticas e posições contrárias (tal é o caso do coaching, das constelações familiares e de outras psicoterapias que demonstram uma fragilidade epistemológica ou que fracassam na adequação aos limites éticos impostos pela psicologia).


De forma complementar às variações teóricas, também podemos compreender a imensidão da prática psicológica por critérios de territorialidade. Assim, podemos falar de uma psicologia hospitalar (que se define pelo conjunto de práticas exercidas no território hospitalar), de uma psicologia comunitária (que delimita uma comunidade como seu território), de uma psicologia jurídica (que define o âmbito do direito como seu território), de uma psicologia clínica (tendo a clínica como seu aporte geográfico), de uma psicologia social (tendo os laços sociais como sua territorialidade), de uma psicologia organizacional (aquela que se exerce no universo empresarial) ou, ainda, de uma psicologia do trabalho. Vejamos que, com esses dois últimos exemplos, que as formas de recorte do que venha a ser o seu território também define o seu ethos, ou seja, seu lugar ou morada. Tais definições não são livres de compromissos teóricos na constituição de seus objetos e, justamente por isso, se entrecruzam com as delimitações teóricas. E é por isso que, para saber bem quem vos fala, o psicólogo ou a psicóloga costuma apresentar-se por sua forma de inserção nessas duas linhas de delimitação (por exemplo, trabalho com clínica psicanalítica, ou psicologia hospitalar num enfoque cognitivo-comportamental, ou psicologia social através da teoria crítica, ou psicologia escolar com formação em psicologia sócio-histórica).



3. O que é Psicanálise?


Diferentemente da psiquiatria e da psicologia, a psicanálise não é uma profissão regulamentada em nosso país. Isso significa dizer que se alguém autodenominar-se psiquiatra mas não possua graduação em medicina e residência em psiquiatria, ou psicólogo sem ter graduação em psicologia, estaria cometendo crime de falsidade ideológica perante os olhos da lei. O mesmo não vale para designações como psicanalista, psicoterapeuta ou terapeuta, justamente por sua falta de regulamentação. Isso não quer dizer que não tenhamos psiquiatras, psicólogos e psicólogas exercendo a psicanálise ou atuando – e se designando – como psicoterapeutas. Diga-se de passagem, muitos dos grandes pesquisadores que acompanhamos são provenientes desses campos, mas isso não é uma obrigatoriedade. Do ponto de vista da formação – e isso vale um texto à parte –, podemos dizer que ao e à psicanalista é exigido o tripé: análise pessoal, atendimentos supervisionados e estudo teórico. Entretanto, cada instituição ou escola de psicanálise vai adotar os critérios que lhe sejam eticamente suficientes e necessários para o reconhecimento do que venha a ser um psicanalista. Logo, a escolha da instituição faz toda a diferença.


Do ponto de vista da particularidade do campo, ressaltamos que a psicanálise tem um ponto de partida que lhe é inerente: o estudo da obra de Sigmund Freud. Disso não se pode aferir uma adesão religiosa ao pensamento de um autor, mas sim, a um movimento de instauração de um campo: o do inconsciente. Isso se dá porque o ato fundador da psicanálise tem a ver com a instauração de um método voltado para o inconsciente como campo de sobredeterminação das ações humanas. Freud entendia que a psicologia de sua época era centrada na concepção de consciência e que a psiquiatria que lhe era contemporânea era limitada por uma concepção de psicopatologia que permitia reconhecer apenas os fenômenos ancorados num corpo biológico. Logo, para abarcar sofrimentos e sintomas que extrapolavam os regimes da consciência e da redução biológica, fez-se necessário a proposta de uma metapsicologia ou, ainda, uma psicologia profunda. Com essas designações, Freud convida a sua contemporaneidade e as gerações que lhe sucederam a uma escuta clínica em territórios variáveis, tendo o inconsciente como preceito orientador de uma morada própria ao analista.


Se é correto afirmar que Freud presentifica em sua obra um ato fundador com a tese do inconsciente, também é correto assegurar que a obra freudiana define um método psicanalítico. Por método, vale aqui especificar, não estamos designando uma técnica precisa e replicável. Técnicas psicanalíticas variadas são possíveis de serem escolhidas, utilizadas e mesmo de serem ainda constituídas e colocadas à prova no meio científico. Por método psicanalítico estamos designando um conjunto de critérios através dos quais uma práxis encontra seus limites, suas aplicabilidades e suas orientações. Quando nos referimos ao método psicanalítico estamos fazendo referência ao conjunto de saberes que ordenam uma racionalidade através da qual as técnicas podem se dispor e as hipóteses podem ser consideradas internas ou externas, coerentes ou incoerentes, psicanalíticas ou não. O método institui, portanto, os critérios segundo os quais uma questão pode ser colocada, um objeto pode ser delimitado, uma hipótese pode ser formulada e uma intervenção pode ser colocada em ato. Ao método corresponde a estrutura epistemológica que dita as regras da racionalidade de um determinado campo da experiência. Nesse sentido, muito resumidamente, poderíamos indicar que o método psicanalítico é a tese do inconsciente no que ela resulta de uma teoria da divisão do aparelho psíquico, como a partir dela se articula o meio de atuação através da associação livre e o ato do analista como interpretação que o presentifica na relação transferencial. Podemos falar de especificidades na forma de delimitação desses conceitos, que se podem nutrir de fontes epistemológicas diferentes (e, de fato, é isso que fazem os chamados pós-freudianos), mas sob determinadas condições que se impõem pela racionalidade do campo, e justamente por isso o recurso comum de retorno à letra freudiana. Voltaremos à questão das especificidades da formação psicanalítica e das diferenças entre autores pós-freudianos nos textos seguintes.


 

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Sobre o autor:

Tiago Ravanello é psicanalista e pesquisador. Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestre e doutor em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo parte de seu doutorado sido realizada como bolsista do Centre de Sciences du Langage da Université de Paris - X - Nanterre pelo programa CAPES/PDEE. Realizou seu pós-doutorado em Psicologia/Psicanálise pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.



Revisão e publicação:

Karine de Medeiros Ribeiro é mestra e doutora em linguística pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente, é pós-doutoranda pela mesma instituição. Participa dos seguintes grupos de pesquisa: PsiPoliS, MulherDis e CoLHIBri.


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