As estruturas clínicas (neurose, psicose e perversão) são importantes balizadores para a prática do psicanalista, desde que as apreendamos como formas do sujeito se apresentar (bem como seus impasses e dilemas) e não somente como modelos rígidos ou tipos de subjetividade. Freud elabora, ao longo de sua obra, distintas formas de cada um se posicionar diante da crucialidade da falta constitutiva (chamada, por ele, de Castração) e seus correlatos mecanismos de defesa (recalque, forclusão e desmentido). Estas distintas formas constituem a base da discussão estrutural a partir do ensino de Lacan. Além disso, é bastante válido considerar que Lacan, indo muito além da noção de estrutura clínica como uma forma de se caracterizar tipos clínicos específicos, nos apresenta também a importância de pensarmos não somente em estruturas do sujeito, mas em estruturas no sujeito. Neste contexto, podemos ter uma rica e multifacetada discussão sobre estruturas clínicas, considerando, por fim, as estruturas como os modos do sujeito e o objeto se (des)articularem.
DICAS DE LEITURA PARA APROFUNDAMENTO BIBLIOGRÁFICO:
COUTINHO JORGE, Marco Antonio, FERREIRA, Nadiá Paulo. Lacan, o grande freudiano. Rio de Janeiro: Zahar, 2005
DOR, Joel. Estruturas e clínica psicanalítica. São Paulo: Taurus, 1991.
QUINET, Antonio. As 4+1 condições da análise. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
FINK, Bruce. Introdução clínica à psicanálise lacaniana. Rio de Janeiro: Zahar, 2018
FERREIRA, Nadiá Paulo, MOTTA, Marcus. Histeria: o caso Dora. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.
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