Freud nos apresenta as bases do que vem a ser tido, por Lacan, como umas três dimensões constitutivas da subjetividade (Real, Simbólico e Imaginário) a partir de suas formulações sobre o narcisismo. Para Freud, o narcisismo não é exatamente uma característica ou um predicado que poderiam ser atribuídos a uma ou outra pessoa, mas uma plataforma constitutiva da identidade e da possibilidade de nos vermos, por um lado, como separados e, por outro, em convivência com um semelhante (um outro ego). A partir destas formulações, Lacan vai estabelecer o Imaginário como o espaço subjetivo onde nos encontramos (e nos identificamos) com as imagens, onde também nos apresentamos por meio de imagens uns aos outros, nos encontramos e nos estranhamos mutuamente.
DICAS DE LEITURA PARA APROFUNDAMENTO BIBLIOGRÁFICO:
QUINET, Antonio. Os outros em Lacan. Rio de Janeiro: Zahar, 2012
RIVERA, Tânia. Cinema, imagem e psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 2008
SOUZA LEITE, Márcio Peter. Psicanálise lacaniana; cinco seminários para analistas kleinianos. São Paulo: Iluminuras, 2010
JULIEN, Philippe. O retorno a Freud de Jacques Lacan; a aplicação ao espelho. Porto Algre: Artes Médicas, 1993
Gostou do conteúdo? Assine gratuitamente o Instituto ESPE e receba conteúdos diários de Psicanálise!
Comments